terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Batalha: Original VS Remake II

Comparações entre ambos filmes. (CONTÉM SPOILERS!!!)


Deixe Ela Entrar (Lat Den Ratte Komma In, 2008)
VS.
Deixe Me Entrar (Let Me In, 2010)



Vamos falar um pouco deste filme sueco que beira a perfeição. Vou escrever sobre os pontos fortes (que são muitos) e os pontos fracos (que é quase inexistente).
Esse filme é sem frescura e vai direto ao ponto. No começo Oskar (o garoto albino sueco e protagonista) está deitado em sua cama, tranquilo e eis que chega a mudança. Dois vizinhos se mudam para o lado de seu apartamento. Um homem (velho, por sinal) e uma menina que aparenta ter a mesma idade de Oskar.

Oskar sofre de Bullying na escola. Mas pelo menos os garotos não tem 40 metros de altura igual o remake. Ele é sozinho, seus pais são divorciados e tal. Numa noite qualquer Oskar com seu canivete vai arejar a cabeça esfaqueando uma inocente árvore, descontando em algo pelo Bullying sofrido. Milésimos após atacar a árvore, ele conhece Eli (sua vizinha); Ambos trocam diálogos rápidos e Oskar deixa o pátio. E é bom ressaltar que o cenário do longa é a fria Suécia de 1982, toda coberta de neve e sol tímido.

O “pai” de Eli não consegue obter o alimento “especial” para a querida “filhinha”. Quando teve de fugir as pressas do local. Eli dá bronca no “pai”, que apenas perde “Desculpas”.
Eli com fome vai ao pátio e encontra Oskar com um cubo mágico. Ele com um gesto de educação, empresta o Cubo à ela, e também menciona o seu cheiro “engraçado”. Depois de Oskar ir pra casa, Eli larga o cubo e resolve arranjar o alimento “especial” sozinha. Ela arma um plano embaixo da ponte onde vinha andando um bondoso homem. O cara à leva no colo durante alguns momentos e é atacado violentamente pela menina. Veja bem, pelo menos nem teve efeitos em CGI, e se tivesse nem deu pra notar.

Após saciar sua fome, a amizade de Oskar e Eli vai crescendo gradativamente, causando crise de ciúmes no Idoso. Mas nem funciona, já que Eli já está bastante ligada à Oskar.
Numa outra tentativa do “Pai” buscar sangue para a “filha”, ele é... Que... Pego pela policia. Mas antes de ser preso despeja ácido no rosto. Eli já sabendo voa até o andar onde ele é mantido. Com o rosto todo desfigurado, ele cede seu pescoço para alimentá-la.

Como Eli fica sozinha, sua única proteção é com Oskar. Ele á leva num esconderijo e propõe um pacto de sangue. Eli fica alucinada com todo aquele sangue de garoto virgem pingando no chão e sacia sua vontade no solo. A garota corre pra longe dali.
E antes de seguir quero analisar a condução dos personagens secundários. Cada personagem tem seu papel direitinho, como diálogos bem explorados e tal. Esse é um ponto em que o remake não atingiu.

Após correr de Oskar, ela ataca uma mulher que esta zangada com o marido por querer vingança contra Eli. O marido chega a tempo e evita de sua esposa ser morta. A vampira foge do local.
E após ser contaminada pelo vampirismo a mulher fica sensível a luz solar. Bem... a mulher foi atacada por gatos e foi mandada ao hospital. Ela diz que sua vontade é de morrer e que aquela menina havia lhe passado algum tipo de doença. O enfermeiro abre as cortinas por ordem da mesma, e numa cena antológica e marcante o corpo é queimado vivo. Ai ai, que cena linda e marcante.
O marido da vitima vai ao apartamento de Eli. O homem a encontra na banheira dormindo, naquele escuro. Quando está prestes a tirar o papelão da janela, Oskar grita, e Eli ataca o homem se dó e piedade.

E o primeiro beijo e único (no filme) entre ambos é ao lado do cadáver, e Eli com a boca cheia de sangue se beijam ali mesmo.
E pra acabar escreverei sobre a cena piscina, que é sensacional. Quatro “Bullers” o ameaçam por cortar sua face, caso consiga respirar adentro d’água durante três minutos, ou ter um olho furado casão não consiga. O foco é em Oskar que já parece estar desmaiado. Alguns ruídos são ouvidos vindos de fora da piscina é ouvido. Um garoto é puxado de uma ponta a outra na piscina e tem sua cabeça decepada. Os outros também tem seu trágico fim. E pelo que me parece um nem foi atacado. Então a câmera foca nos olhos de Eli e Oskar solta um sorrisinho mongolóide e corta para eles dentro do trem, e Eli dentro da mala.







Começando, achei este remake mediano. Algumas partes legais e outra nem tanto. E como um típico remake americano de ser, sempre tem um detetive fodão que caça o criminoso impiedosamente. Este filme sempre mostra, e que meio indiscretamente o orgulho patriota deles. Desde bandeira de Estados Unidos, até a famosa jura. A primeira cena me incomodou bastante, eu o vi depois do original sueco, e achei que aquele começo foi extremamente desnecessário, já mostrando o óbvio (Claro, pra quem viu o sueco antes).

Já como é um remake e tenho a total liberdade para compará-los tanto no enredo (que é no papel o mesmo), quanto no desenvolvimento dos personagens primários e principalmente secundários.
O protagonista Owen está vivendo num período meio conturbado, onde seus pais estão se divorciando e ele é um garoto muito só. Ele é meio agressivo, quando está em seu quarto apenas, fica sempre a observar pelo telescópio seus vizinhos. E no meio destas “bisbilhotas” rotineiras, Owen vê alguém se mudando para o apartamento do lado ao seu. Aparentemente Pai e Filha (Abby).

Owen conhece a garota rapidamente, no parque do “baguio lá”. Depois de se conhecerem “educadamente” o garoto Owen fica amigo rapidamente de Abby. Poderia até ser uma historinha de amor pré-adolescente e etc. Mas é algo bem mais profundo.

Owen é “Best Friend Forevis” de Abby, e na escola é o “Ocupa Espaço”. Sempre sofrendo Bullying (De verdade) como levando cuecão de três caras da mesma idade e de 4,00 metros de altura (É brincadeira?) e sendo constantemente ameaçado pelos “galegões”. Aconselhado pela “BFF” Abby, Owen é encorajado a enfrentar os rapazes quando os mesmos tentarem fazer algo.
Como pra quem já viu o filme, sabe que o Pai de Abby, na verdade é o namorado “pedófilo”. Ambos tem idades próximas e aparências distintas. O velho sempre busca sangue pra “bitch”, mesmo sendo arriscado e perigoso. O velho num plano mau planejado é pego e antes disso queima sua linda face enrugada com ácido.

Bem, depois voltamos a cena inicial no meio do longa e etc. Abby vai voando até a janela do 10º Andar (Acho que é isso) e suga o sangue de sua antiga paixão.
Então! O desenvolvimento dos personagens secundários é ruim de doer, e olhe que dos primários nem é lá grande coisa. Os secundários podem ser comparados com aqueles filmes em que você sabe que vai morrer só por ele aparecer menos que os outros. E aqui não é diferente. Depois de Owen cortar seu dedo e propor um pacto de sangue, Abby fica alucinada, lambe o chão que nem cachorro e sai correndo feita uma gazela. E do nada, ela ataca a personagem secundária num efeito CGI tosco (pra mim, é claro). Pelo menos a Abby não brilha no Sol feita “Drag” na Parada Gay.

No hospital, a mulher atacada está aparentemente recuperada, quando o “Detetive Fodão” chega para conversar com o marido da vitima. Neste ponto a enfermeira, abre as cortinas e entra luz solar naquele quarto. Aquela luz faz com que a mulher fique em chamas completamente,  num efeito CGI a lá PS3, e o pior é que a coitada da enfermeira também morre carbonizada.

Como no Sueco de 2008, algumas cenas aqui foram pioradas. Por exemplo, quando Eli entra na casa de Oskar sem sua permissão. A garota começar a sangrar e no desespero ele grita “PARE!” e blábláblá. Já aqui é bem diferente, a garota sangra e Owen manda um “Pare!” numa emoção que... Caraca, até o pessoal do Zorra Total consegue demonstrar mais emoção nessa cena e tal.
E o primeiro beijo de Owen e Abby hein? “Own... Que lindo!”. Mas confessamos que foi sem graça, os dois no parque dos “baguio lá” e um selinho que nem o Sedex envia pra ninguém acontece. A cena do beijo de “Let the Right One In” é bem mais “hardcore” como já mencionei na análise do próprio.

Pra terminar, vamos falar sobre a cena da piscina, que aqui é uma cena legal, mas nada sensacional. Aqui o pessoal já foi de apagar todas as luzes. Depois que Owen se defendeu do grupo dos “Bullers”, o irmão mais velho do cara resolveu ajudar o caçula a se vingar. Mas antes disso, porquê os garotos são bem mais altos que Owen? Já ambos tem idades idênticas. Já sei! Eles devem tomar hormônio de crescimento.
Bem, Owen é ameaçado com um canivete. Ele deve respirar embaixo d’água durante três longos minutos e, caso consiga, apenas um corte será feito em seu rosto. Mas caso não consiga, um de seus olhos será
arrancado. Simples!
A cena aqui nem é tão emocionante. A câmera foca no Owen com a cara na água e algo sobrenatural acontece, todos os delinquentes são mortos em questão de segundos. Owen é salvo por Abby, e agora Owen será o novo capacho de Abby. Ambos de trem fogem de tudo e de todos.

RESULTADO FINAL:
Deixe Ela Entrar (2008) 9,7/10
Deixe Me Entrar (2010) 6,3/10

VENCEDOR: DEIXE ELA ENTRAR (2008)

PS: Este filme só não é perfeito, em alguns momentos o ator que interpreta o Oskar faz umas caras de “orgasmos” que me desanimaram, mas fora isso é PUTA FILMAÇO.